Paraibanos são maioria no Brejo paraibano


 

No ano passado, no período de 30 de julho a dois de setembro, a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) realizou uma pesquisa do perfil do turista que visitou a região do brejo paraibano durante a promoção da Rota Cultural Caminhos do Frio. A pesquisa teve o objetivo de traçar o perfil dos turistas que participaram da Rota, buscando identificar a origem, profissão, faixa etária, sexo, tipo de hospedagem, entre outros, mas, sobretudo, opiniões sobre a infraestrutura oferecida nas cidades. Foram coletadas informações de 283 turistas.

O resultado da pesquisa aponta que a maioria dos turistas reside na Paraíba, com 78,8% dos entrevistados. Rio Grande do Norte vem em segundo, com 6,7%, seguido de Pernambuco, com 5,3%. Esses dados indicam que o projeto cultural é um produto que ainda não conseguiu atrair visitantes de outros Estados ou mesmo de outros países, já que os números indicam a presença de apenas 9,2% dos entrevistados, do Sudeste do País e de países como Argentina e Itália. A maioria dos turistas é homem (54,4%).

A faixa etária dos turistas ouvidos na pesquisa aponta que 36% têm idade entre 36 e 50 anos; outros 19,4% estão na faixa entre 51 e 65 anos. Deles, 22,3% têm idade entre 26 e 35 anos e 19,1%, de 18 a 25 anos. Das pessoas ouvidas, 55,1% são casados e 35,3% são solteiros, e 59,8% possuem nível de escolaridade superior e 26% ensino médio. Sobre ocupação profissional, 18,2% são servidores públicos e 13,9% exercem a atividade de professor. A renda mensal individual aponta que 28,5% recebem de R$ 622 a R$ 1.866, enquanto que 21% têm salários entre R$ 3.111 e R$ 6.220. A renda média dos turistas chega a R$ 3.418,90.

A pesquisa de demanda turística constatou também, que o motivo da viagem para a região do brejo para a maioria (67,7%) foi a promoção da Rota Cultural Caminhos do Frio. Outros 14% optarem para se dirigir à região para visitar parentes ou amigos. O tempo de permanência na região girou em torno de até dois dias para a maioria (58,5%), e 33,3% passaram de 3 a 4 dias na área. A média de permanência ficou em 2,70 dias. O meio de transporte mais utilizados foi o automóvel, com 76,1%, enquanto que 15,3% optaram por utilizar ônibus de linha.

Casa de parentes

Sobre o meio de hospedagem, a pesquisa apontou que 43,1% ficaram em casa de parentes; 20,8% em pousadas e 19,2% em hotéis. Dos entrevistados, 7,7% disseram ter residência própria na região. Esses resultados resumem, segundo avaliação dos pesquisadores, a insuficiência de disponibilidade de meios de hospedagem nas cidades que integram o Caminhos do Frio. A escolha pela hospedagem revela ainda, que 35,4% optaram por livre escolha e outros 34% por indicação de amigos e 23,1% buscaram informação na Internet. O atendimento nos hotéis apontou que 46% avaliaram como ótimo e 39,8% como bom e 14,2% como regular. Já sobre os aspectos do meio de hospedagem, 44,6% acharam ótimos a limpeza e higiene; 42,9% a recepção, e 30,4% os equipamentos. 42% acharam a limpeza e higiene boas, já 6,2% acharam os equipamentos ruins.

Dos entrevistados, 48,5% que participaram da Rota Cultural estiveram nas cidades pela primeira vez, e 28,4% pela segunda vez. Desses, para 45,6% o Caminhos do Frio correspondeu plenamente e 33,3% em parte. Para 18,1% o projeto superou a expectativa. A maioria absoluta, 88,7%, recomendaria a Rota Cultural para outras pessoas, e percentual maior, de 92,8%, planeja participar da Rota Cultural deste ano. Quase 100% (98,9%) pensa em retornar às cidades. O clima (29,6%) foi apontado como o aspecto que mais agradou, seguido do evento cultural, com 13,4%, e da paisagem e beleza natural, apontados por 12,7%.

Fábio Cardoso